ORGANIZAÇÃO COMUNITÁRIA E PARTICIPAÇÃO SOCIAL

Foto: Luiz Eduardo Lomba Rosa

ddVOLATANDODAROÇA1A partir deste eixo tem-se como perspectiva fortalecer o associativismo comunitário e incentivar a criação de espaços e processos participativos na definição de projetos e ações a serem desenvolvidas nas comunidades. Uma das principais estratégias nesse eixo compreende a criação dos comitês mobilizadores. Através destes grupos, o Programa tem como objetivo promover a autonomia das comunidades na gestão das ações locais dos projetos e formar lideranças e multiplicadores das atividades de formação e assessorias desenvolvidas. Outra iniciativa importante, neste eixo, é o estímulo à identificação de canais de participação e encaminhamento das reivindicações dos moradores por direitos, e da proposição de modelos alternativos de desenvolvimento, em programas e políticas públicas, através da participação em conferências, fóruns, conselhos e encontros.

Neste aspecto, o COEP também tem canalizado estas principais reivindicações e atuado como articulador para viabilizá-las. São exemplos deste processo as ações desenvolvidas nas comunidades a partir dos seguintes programas governamentais: Programa um Milhão de Cisternas, do Ministério do Desenvolvimento Social em parceria com a Articulação do Semiárido Brasileiro – P1MC; Agência Nacional de Telecomunicações – Anatel, para instalação dos telefones públicos; pontos de presença do Governo Eletrônico – Serviço de Atendimento ao Cidadão (Gesac), do Ministério das Comunicações, para implantação de telecentros; e o Programa Arca das Letras, do Ministério do Desenvolvimento Agrário, que promove a criação de bibliotecas comunitárias.

A participação dos jovens e das mulheres na composição dos comitês mobilizadores, conforme orientação do Programa, tem possibilitado a emergência de agendas específicas relativas à afirmação de direitos e abordagens de aspectos relacionados a gênero e juventude no  planejamento de suas atividades.

Os jovens vêm desempenhando um papel fundamental nos debates relativos às alternativas de desenvolvimento e à permanência da juventude nestes territórios, sendo um segmento de extrema relevância nos aspectos que envolvem a sustentabilidade das atividades produtivas e as ações de segurança alimentar na região.

Neste sentido, a Rede Comunidades Semiárido atua como um espaço de trocas de informações e de articulação de iniciativas desenvolvidas através do protagonismo da juventude das comunidades que integram a rede. São realizados, anualmente, encontros microrregionais e regionais voltados à discussão de modelos de gestão, avaliação de atividades e proposição de iniciativas comuns a serem implantadas na região.